quarta-feira, 1 de abril de 2009

GESTÃO ESCOLAR

Planejamentos e Práticas da Gestão Escolar
Francéli Brizolla



A ESCOLA DOS MEUS SONHOS É...



A escola dos meus sonhos é um local de construção, sem discriminação e com participação. Para que corresponda à escola dos sonhos é preciso que ela permita a realização de sonhos. A seguir, alguns apontamentos, após reflexão, privilegiando um ambiente escolar onde haja realização de sonhos.
A escola precisa contar com professores felizes na função de educadores, conscientes da necessidade de dedicação na promoção da aprendizagem, na condição de aprendizes. Mesmo a carga horária exaustiva, por vezes, não pode abalar a tarefa de educador. A alegria em participar da vida do outro (aluno) deve permanecer constante e crescente, e a gestão deve permitir e valorizar a procura por qualificação e aperfeiçoamento do seu quadro de professores e funcionários.
A educação bancária, condenada por Paulo Freire, onde o professor expõe conteúdos como o dono do saber e seus alunos calados, sentados, “comportados”, escutam para “aprender”, há muito não cabe, não coincide com educação de qualidade, está longe da tão sonhada promoção da aprendizagem através da construção de conhecimentos e, portanto, deve ser banida, cedendo espaço à metodologias que propiciem momentos de interações.
A educação tradicional que buscava a formação do indivíduo, vendo neste um receptor apenas, absorvendo conhecimentos, como se este precisasse ser colocado em uma forma e, caso não se adequasse aos padrões, o aluno faria parte dos excluídos das classes escolares, não pode ser pregada. A escola dos sonhos precisa ser uma escola inclusiva, deve aceitar as diferenças, sem discriminações de qualquer natureza. Dificuldades de aprendizagem, por exemplo, devem ser sanadas com o auxílio dos colegas e professores, não sob pressão de reprovação.
A participação de todos os segmentos da comunidade escolar junto à equipe diretiva, independente de política partidária, é primordial para a colheita de bons resultados no contexto escolar. Para conquistar a educação de qualidade, a gestão para todos os interesses, a escola precisa escutar a todos (professores, funcionários, pais e alunos) antes de tomar decisões, assim fará gestão democrática. E se a participação for colegiada, remete à organização, a diálogo, portanto, de grande valia para o processo educacional da instituição.
A sala de aula na escola dos sonhos precisa de alunos curiosos e de professores interessados em agregar recursos tecnológicos à prática, estimulando a aprendizagem. Também a avaliação não pode ser uma medida para ver se o aluno corresponde a um número possível de avançar a outra série em função da exigência da grade curricular, isto é, do que está destinado como conteúdos a aprender na determinada série. A avaliação quantitativa e cumulativa é excludente, nada formativa nem prognóstica. Não podemos aceitar a avaliação sem que esta esteja engajada na procura de falhas para posterior correção. A avaliação não pode representar uma arma de repressão ao aluno.
Enfim, promovendo aprendizagem através da construção de conhecimentos (conforme teoria piagetiana), onde professores e alunos respeitam as diferenças e buscam aprender em conjunto, contando com o apoio da comunidade escolar, a escola realizará sonhos. E assim corresponderá à escola dos meus sonhos!


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